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Sobre o autor

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"Tô aqui pensando..."    no que poderia eu dizer sobre mim mesmo. Prefiro que você  me conheça através  do   meu  trabalho. Leia o meu livro e tenha as suas próprias opiniões.

AUTORRETRATO DE MIM MESMO (pleonásmico)

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Muito a escrever, mas pouco a dizer sobre mim. Sou uma pessoa comum, com erros, acertos, muitas lutas íntimas e também muitas, muitas vitórias na vida.

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Com certeza, conheço o uso e o significado de um pleonasmo. Se faço um autorretrato, esse só pode ser de mim mesmo!

Haveria problema em me expressar dessa maneira? 

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Se faço, é porque é assim que quero me comunicar... não busco agradar exigências linguísticas ou ortográficas que não foram estabelecidas por mim. Afinal, para que servem algumas rígidas regras, senão para serem quebradas pelos pensadores?

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Há incômodo nisso? Talvez! Mas, não deveria...

É apenas o MEU autorretrato, a começar pela forma como de expressão, que é a minha maneira de me auto grafar.

Artistas visuais pintam-se. Escultores, esculpem-se. Eu escrevo-me, reescrevo-me. Fotografo-me e observo-me. Assim, autorretrato-me.

Observo minhas próprias linhas.

Linha que são só minhas.
Linhas da atenção, da desatenção, das memórias, do esquecimento... Sou rápido, sou lento!

O dedo sobre os lábios, lembra a prudência que persigo, que dá vez, às vezes, ao silêncio, no momento que é de observar. Momento do calar a voz diante de  situações nas quais meu verbo não seja capaz de enriquecer... e acaba por embrutecer, o Ser.

É o mesmo dedo que se aproxima do nariz que cheira e sente o aroma ou o odor do dedo mesmo. Ou da dor que aponta, sem dar conta, da falha alheia. Que aponta para o semelhante, para o igual - ou para o desigual às minhas próprias misérias.

A barba por fazer às vezes, me lembra o descuido ou a pouca importância que tem as convenções sociais, que servem apenas para não escandalizar aqueles que escandalizam de outras formas. Que tornam desiguais aqueles que são iguais, tentando convencer-se de sua excelência. 

Os cabelos, já esbranquiçados, trazem a lembrança de que muito tempo já se passou desde a época primaveril da juventude, cheia de sonhos e buscas utópicas. 

Os óculos me lembram que agora, já não enxergo mais o mundo e as pessoas como  antes.  E que são necessárias outras lentes para que eu tenha mais clareza de visão sobre o que realmente todos são.

Enfim, esse é o meu autorretrato, como eu me autovejo, como me autossinto... Como me autodescrevo quando me autopenso. 

Se você, que pensa me conhecer, não me vê assim, reconheço, esse também é o SEU retrato do meu autorretrato.

Vinicius Cabral

Jornalista e Produtor Cultura

Mestre e Especialista em Gestão Integrada do Território 

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